Milhões
de crianças do mundo participaram da votação
O Prêmio das Crianças do Mundo pelos Direitos da Criança
consiste em dois prêmios: o Global Friends’ Award (Prêmio
dos Amigos Mundiais), que é decidido por meio de uma votação
com crianças de todo o mundo, e o World’s Children’s
Prize (Prêmio das Crianças do Mundo), cujo vencedor
é selecionado por um júri internacional infantil formado
por crianças de 15 países que já foram escravas
na lavoura ou em bordéis, soldados ou moradoras de rua.
Alunos de centenas de escolas participaram da votação
mundial, e as instituições de ensino brasileiras plugadas
ao Educacional utilizaram, para isso, uma urna eletrônica
disponibilizada pelo portal.
Foram 2.388.281 votos de crianças de todo o mundo, que recompensaram
a intensa luta do casal Nelson Mandela e Graça Machel —
África do Sul e Moçambique — dando a eles o
Global Friend’s Awards deste ano.
O prêmio foi uma homenagem a Mandela por seu trabalho em
prol da liberdade e igualdade de direitos das crianças sul-africanas,
seu apoio àquelas que se encontram em situação
de risco e sua defesa dos direitos dos pequeninos. Graça
Machel, sua esposa, foi recompensada por seus vinte anos de luta,
em que conseguiu, por exemplo, assegurar às meninas o direito
à escolaridade.
O casal se sentiu lisonjeado com o resultado: “Sermos eleitos
os melhores amigos das crianças do mundo pelas próprias
crianças é a maior recompensa que poderíamos
receber. O prêmio nos confere uma responsabilidade ainda maior
no trabalho de colaborar para construir um mundo onde as crianças
sejam mais amadas, valorizadas e tratadas com respeito”, disse
Machel.
Já o World’s Children’s Prize foi dado às
Mães de Santa Rita, do Quênia, que são vinte
mulheres de pequenas comunidades que ajudam crianças que
ficaram órfãs por causa da aids. Railander Pablo Freitas
de Souza foi o brasileiro que as escolas plugadas ao Educacional
ajudaram a escolher para representar nosso país no Júri
Internacional que concedeu o prêmio a essas mães, que,
mesmo sem ter muito, doam o que podem às crianças
e já sabem o que farão com o dinheiro que receberam:
“Em nossas comunidades, as necessidades são enormes.
Diariamente, morrem mães e pais, deixando seus filhos sozinhos.
O prêmio nos permite prestar ajuda às crianças
que não estavam ao nosso alcance. Agora, elas poderão
ter um futuro”, afirma Bernadette Otieno.
O Prêmio de Honra das Crianças foi entregue a Ana
Maria Marañon Bohorquez, da Bolívia, que, apesar de
estar em uma cadeira de rodas desde os 2 anos de idade, luta há
quase trinta pelas crianças de rua da cidade de Cochabamba.
“A nomeação renovou meu ânimo para seguir
lutando pelas crianças necessitadas da Bolívia”,
declarou Ana Maria.
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